A 4ª semana da MLI2016, cujo tema é Diversidade, foi uma oportunidade para explorar o universo shounen-ai (histórias de amor entre garotos). Meu histórico de leitura do gênero vai da completa ignorância de sua existência à rejeição até, por fim, o desprendimento de um preconceito tolo, vistas um único objetivo: quero ler boas obras e pouco importa a orientação sexual do protagonista. Criticarei, igualmente, personagens mal feitas, sejam elas hetero/homo/bissexuais ou andrógenas.
Hidamari Ga Kikoeru é uma joia escondida no meio das revistas bl, sua história sensível trata não só da homossexualidade, mas de deficiência auditiva e da dificuldade de ser você mesmo em meio a um mundo egoísta, onde poucos entendem o sofrimento alheio.
O mangá é o trabalho de estréia de Fumino Yuki, publicado na revista Canna de Printemps Shuppan em 2013. A editora compilou a série em um volume no ano seguinte, que inclusive ganhou uma sequência também reorganizada para venda. A série inspirou o lançamento de um drama CD e a produção de um live-action.
A história original é centrada em um estudante universitário chamado Kohei que, por causa de sua dificuldade de audição, é constantemente mal-entendido. Enquanto almoçava sozinho em um local afastado, Taichi (literalmente) cai do céu, dando início a uma bela amizade. Taichi é um universitário carismático, pobretão, justiceiro e com uma voz incrivelmente alta e clara, daí que, só a voz dele, Kohei nunca falha em entender. O novo amigo se voluntaria para tomar notas das aulas para ele, que lhe retribui com almoços caseiros feitos pela mãe, uma professora de culinária.
Já a sequência começa quando uma garota mais nova, também com deficiência auditiva, começa a frequentar a universidade. Também Kohei e Taichi crescem como pessoas e passam a ver mais claramente o caminho que desejam percorrer no futuro, seja na vida profissional ou pessoal.
Com relação à criação do mangá, a autora revelou alguns comentários interessantes dos bastidores. Antes de tudo, ela aparentemente iniciou a produção da série pela caracterização dos 2 protagonistas e de seus conflitos e, somente depois, sob a urgência da editora, começou a somar o romance.
Tradução: (...) No telefone com meu editor: -Uhm... Eu deveria ter dito desde o começo... - Uh huh? - Essa é uma revista BL... Você poderia fazer os garotos se apaixonarem? - (Isso faz tanto sentido.) No ônibus: -O que é BL? |
No último capítulo extra lançado, também foram publicados esboços que revelam o processo pelo qual cada página passa antes de ser publicada: do roteiro e o storyboard à versão final. Por fim, provavelmente graças a todo esse processo trabalhoso ou cuidadoso de criação, Hidamari ga Kikoeru é um colírio para os olhos cansados de tantos romances clichês forçados ou de homossexuais que são mero alívio cômico, temos finalmente personagens que são, antes de tudo, humanas.
By Geisy N.
Título: Hidamari ga Kikoeru - Theory of Happiness (ひだまりが聴こえる; ひだまりが聴こえる-幸福論-; Hidamari ga Kikoeru - Koufuku Hen)
Genêro(s): Drama, Romance, Vida escolar, Shounen Ai, Slice Of Life
Mangaká: Fumino Yuki
Gostei do Review
ResponderExcluirParabéns!
Quero tentar encontrar pra ler
Acabei de assistir o filme e estou pesquisando pra saber se o mangá tem um final igual ao do filme (que é meio aberto)