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Assassin's Creed – Irmandade - Oliver Bowden - Livro 02


O segundo livro da série é uma continuação da saga de Ezio, narrando sua vida dos 44 até seus 48 anos. Desta vez, a aventura acontece em Roma e cobre 4 anos de guerras.
Na minha opinião, foi o livro mais sangrento da série (até agora >.<) - se sacudir, pinga sangue.
Oliver Bowden mostra aqui um lado mais humano de Ezio e, consequentemente, seu lado mais tolo: ele se apaixona perdidamente por Catarina, a mulher mais vulgar, sanguinária e interesseira da cidade, sem falar que ela claramente não ama Ezio (Desculpe, se você gostar desta personagem, mas... ¬¬). 
Há quem diga que foi Ezio que a abandonou pelo credo, mas ele abandonou, na verdade, a sua missão de aniquilar Cesare - filho de Rodrigo Borgia - perdendo uma chance valiosa apenas para salvar  a odiosa Catarina das masmorras. E o que ela dá em troca para o nosso "herói"?

"Não posso corresponder aos seus sentimentos.... tudo o que fiz foi para ter seu apoio e proteger minha cidade"  (Traduzindo: Toma trouxa)

Ezio sofreu as consequências de seus erros, pois já quase completa 50 anos e está sozinho, sofrendo uma crise existencial (Oliver o deixou humano até demais -.-'').
(E eu que torcia para ele ficar com a Rosa, dado o que aconteceu com Cristina.)
Finalmente, ele e seus seguidores derrotam os inimigos templários mais poderosos, Rodrigo e Cesare Borgia, levando a refletir sobre como o egoísmo e a maldade levam a auto-destruição dos vilões.
Mas, a história de Ezio ainda não terminou...


A família do barulho: Quem são os Bórgia que dominaram Roma e a Igreja Católica?

Os Bórgias realmente existiram e formavam uma família nobre espanhola-italiana de grande importância durante o Renascimento. Se tornaram proeminentes nos assuntos eclesiásticos e políticos nos séculos XV e XVI, produzindo três papas, Alfons de Borja (Papa Calisto III), Rodrigo Lanzol Borgia (Papa Alexandre VI) e Giovanni Battista Pamphilj (Papa Inocêncio X). Ficaram marcados na história como uma família cruel e gananciosa que encabeçou governos corruptos - como, por exemplo, o reinado do Papa Alexandre VI.
Segundo o Guia do Estudante, mortes e indecências aconteciam sim às ordens dos Borgias, mas Rui Luis Rodrigues, especialista em história moderna e professor da Unicamp, alerta inicialmente para os limiares confusos entre história e ficção: “Acredito que as orgias e os incestos façam parte das lendas que buscam atacar os Bórgia, vindas dos inimigos da família." Depois, lembra que devemos considerar o contexto histórico em que os fatos ocorreram:  “Os valores morais eram outros, temos que ter isso em mente para não cometermos o anacronismo de julgarmos o que aconteceu com os olhos de hoje. Determinadas práticas, como o assassinato e o envenenamento, eram usados por todos os tiranos da região”.
“Os assassinatos políticos acontecem até hoje”, diz Oscar Luiz Brisolara. 
RODRIGO

Rodrigo Bórgia nasceu em 1431, no reino de Aragão, na Espanha. Aos 18 anos foi mandado para a península italiana, onde estudou direito na Universidade de Bolonha. Aos 25, já era vice-chanceler do Vaticano, cargo que lhe rendeu muito dinheiro e onde se manteve até conseguir se eleger papa – na base de compra de votos. Teve provavelmente oito filhos com cinco mulheres diferentes. Como papa, coube a ele dividir as terras da América recém-descoberta entre Portugal e Espanha, por meio da Bula Inter Coetera.
CÉSAR

Para alcançar seus objetivos ou honrar a família, envenenava, assassinava e, se preciso, esquartejava a vítima para que o crime se tornasse mais cruel. Líder do exército de Alexandre VI e apaixonado por soluções bélicas inventivas, teve Leonardo da Vinci como funcionário. Um dos homens mais ricos da península italiana, casou-se com a princesa Charlotte, da França, e recebeu o título de duque de Valentinois. César serviu de inspiração para Nicolau Maquiavel escrever O Príncipe.
LUCRÉCIA

Filha de Rodrigo com Giovanna dei Cattanei, suposta dona de uma rede de prostíbulos, Lucrécia inspirou diversas manifestações artísticas. Pinturicchio a retratou como Santa Catarina de Alexandria. Depois de deixar de ser instrumento de manobra política de Alexandre VI e César, viveu com seu último marido e diversos amantes, algo comum às nobres do Renascimento. Lucrécia teve 11 filhos e morreu quando dava à luz o último deles, em 1519, aos 39 anos.

By Gisleine N.

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