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Filme - Sempre ao seu Lado (Hachi: A Dog's Tale)


Parker Wilson (Richard Gere) é um professor universitário de artes cênicas que, ao retornar do trabalho, encontra na estação de trem um filhote de cachorro da raça Akita japonês. A principio Parker tenta todos os recursos para encontrar um lar para o pequeno animalzinho, porém ele se apega rapidamente ao cão. Assim tem inicio a linda história de lealdade do cão Hachi.

Essa raça tem a fama por sua extrema lealdade, e logo o professor Parker toma essa afirmação como verdade. Hachi o segue para todos os lados lhe fazendo companhia em suas idas e vinda de sua casa para a estação de trem e vice versa. 
Cate (Joan Allen), esposa esposa de Parker, é contra a presença de um cachorro de inicio, mas logo vê que ele trás a alegria que completa sua casa. 
Hachi, mesmo com o passar dos dias não deixa de executar sua rotina de acompanhar Parker até a estação de trem, retornando ao local no horário em que o professor está de volta. Até que um acontecimento inesperado muda tudo. 
Cena Hachi: A Dog's Tale (2009)

Parker em uma de suas aulas sofre um ataque fulminante (AVC) e abandona esta vida. A filha de Parker, agora casada e com um bebê, se compromete a cuidar de Hachi, e Cate, a esposa do professor, também se muda para outra residencia. Apesar da tristeza tudo parecia resolvido e a vida continuaria a seguir. Sem Parker. Isso foi o que todos os humanos tomaram como verdade, pois Hachi não abandonou seu dono e amigo nem mesmo na morte voltando todos os dias a mesma estação, no mesmo horário, sempre a sua espera.
Anos se passaram e o cão ganhou fama. Um repórter se interessou pela lealdade de Hachi e colocou uma reportagem no jornal com sua história. Mas isso pouco importava para Hachi. Ele espera seu amigo.
Dez anos se passaram e Hachi ainda continuava lá, esperando. Todos o conheciam, o alimentavam, o ajudavam a se manter vivo, mas não era o suficiente para o cão. Nada daquilo era realmente importante. Não maior que sua devoção. 
Em uma noite de inverno Hachi tem o instinto que deveria ir a estação. Saindo de sua "casa" improvisada embaixo de um vagão abandonado da estação, se coloca no seu lugar habitual, se ajeita o mais confortável que consegue na neve e espera. Quando o cão fecha os olhos ele tem a imagem que tanto esperou - Seu amigo passou pela porta e veio ao seu encontro. Hachi levanta-se como um  jovem Akita, pula e comemora como seu amigo o encontro tão esperado. Porém não mais nesse mundo.

Uma excelente adaptação de uma historia real japonesa, ocorrida na estação de Shibuya, em 1924, onde existiu realmente um Hachi que esperou incansavelmente por seu mestre. 
Hachi ou Hachikō - Vida real (1925)

Hachikō (diminutivo de Hachi) foi trazido a Tóquio pelo seu dono, Hidesaburō Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio. O professor Ueno, que sempre foi um amante de cães e o encheu de amor e carinho. Em 21 de maio de 1925, o professor Ueno sofreu um derrame súbito durante uma reunião do corpo docente e morreu. 
A figura permanente do cão à espera de seu dono atraiu a atenção dos frequentadores da estação de Shibuya, que já haviam visto Hachikō e o professor Ueno indo e vindo diariamente no passado. Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu mestre. Tocados, passaram a trazer petiscos e comida para aliviar sua vigília.
Por nove anos contínuos Hachikō aparecia ao final da tarde, precisamente no momento de desembarque do trem na estação, na esperança de reencontrar-se com seu dono.
Estátua de Hachikō na estação de Shibuya (Japão)

O Cão morreu em 1934 no dia 8 de março com onze anos. Em sua homenagens os japoneses realizaram um velório e algum tempo depois colocaram no lugar onde o cão costumava esperar uma estátua de bronze.

A história de Hachikō (ou Hachi como ficou conhecido por causa da versão EUA) é conhecida mundialmente. Exitem uma infinidade de "coisas" relacionadas a essa história: HQ, desenho animado e uma versão do filme japonesa de 1987 como o titulo de Hachiko Monogatari. 
Cartaz do filme Hachiko Monogatari (1987)

Nessa versão, diferentemente da americana, nenhum personagem foi inventado, todos os relatos foram seguido nos mínimos detalhes, ou no máximo possível a real história do cão. Desde o cenário da década de 30 até as falas dos personagem, a versão nipônica em seu clímax é derramamento de lagrimas garantido. (Alguns afirmam que até os corações mais frios se veem com os olhos marejados).
Cena Hachiko Monogatari (1987)


História em Quadrinhos (HQ)


Desenho Animado (Anime)

O filme americano é bem mais recente se comparado com seu antecessor, mas destaque-se, em especial, por sua trilha sonora ao piano que acompanha o filme todo e ajuda a "entrar no clima da emoção". Em minha opinião, tanto a versão Nipônica quanto a Hollywoodiana são ótimas.
Uma grande lição de lealdade e amor incondicional.


By GNA

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